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Conselho editorial


Um comentário:

  1. A dramática situação dos principais açudes do Sertão da Paraíba:

    COREMAS 3,7 %, Mãe D'Água, 10%, Engenheiros Ávidos 6%...

    A situação das populações do Sertão da Paraíba vai ficando cada dia mais dramática, à medida que seus principais açudes vão secando, a exemplo do COREMAS, que contem hoje apenas 3,7 % do que resta de um total de 591.646.222 m3, ou seja: literalmente seco.

    Com uma capacidade de volume total de 591.646.222 milhões de metros cúbicos, Coremas é o maior açude no Sertão do Estado da Paraíba localizado na bacia hidrográfica do rio Piranhas, tendo sua barragem a montante da cidade Coremas.

    Dado de (16/09/2016) obtido junto a Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba – AESA informa que 3,7 % é o que resta do seu volume total, que na data de hoje deve está em torno de 3,5%. Diante desta trágica e dramática situação se pode concluir que o que ainda resta naquele açude, nada mais é do que lama e, muito poluída!

    O segundo maior açude da Paraíba, o Mãe D'Água, deve conter na data de hoje (18/09/2016), apenas 10% do seu volume total de 567.999.136 m3, a julgar pelos 11% registrados há dois. Este açude também está localizado no Sertão e na mesma bacia hidrográfica. É deste manancial que dependem o abastecimento de dezenas de municípios. É importante destacar que quando seu volume chegar a 5% dificilmente sua água estará em condições de ser utilizada para beber, cozinhar, tomar banho, por exemplo.

    Depois do Coremas e do Mãe d Água, o açude Engenheiros Ávidos em Cajazeiras é o terceiro maior açude localizado no Sertão da Paraíba. Também localizado na bacia hidrográfica do rio Piranhas e capacidade volumétrica de 255.000.000 m3 está hoje com apenas com 6% deste volume, ou seja, ou seja: algo em torno de 3% de volume com possibilidade de captação de água com qualidade para uso doméstico após passar por estação de tratamento.

    O que fazer: populações, empresas, governos, municipais, estadual e federal? São muitas as ações que precisam ser realizadas além das que já vem sendo postas em prática. Destaco a necessidade das populações serem melhor informadas sobre a situação hídrica de cada bacia hidrográfica e dos seus respectivos açudes e os planos governamentais para o enfrentamento da crise de abastecimento atual e em caso do prolongamento da Seca. Neste sentido, aqui vai uma ideia de ação: organizar caravanas intra e entre as regõoes das bacias hidrográficas a partir de cada região do Estado até os açudes que se encontram em situações mais graves. Dinheiro para isto não falta, pois como vemos diariamente, ha muito dinheiro sendo gasto nas campanhas politicas e parte deste dinheiro os candidatos e partidos coligados e empresas financiadoras de candidatos podem ser utilizadas para apoiar as caravanas aos açudes. Durante estas caravanas muitas ações podem ser programadas, informativos, protestos, abaixo-assinados, elaboração de diagnostico e construção de planos de ações para a convivência com o agravamento da crise a medida que os açudes vão secando!

    Um abraço cidadão com muito desejo de participar das caravanas para abraçar os principais açudes paraibanos, debater o agravamento da situação e discutir propostas de convivência com a crise e pós-crise, quando as chuvas voltarem a fazer os açudes transbordarem.


    Campina Grande, PB, em 18/09/2018.

    Ozéas Jordão.
    ozeasjordao@yahoo.com.br
    Prof. Departamento de Geografia – UEPB, Câmpus I.

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